sexta-feira, 10 de abril de 2009

A demissão do Presidente do BB e um assunto recorrente

Não.
Esse não será um post anti-Lula , criticando o aparelhamento das empresas estatais.
O fato é que o loteamento de cargos em estatais acontece em TODOS os governos desde Pedro Alvares Cabral.
É verdade que Lula e sua corja exageraram, mas isso é assunto para o Reinaldo Azevedo.
Nosso papo aqui é outro, sobre se vale a pena, ou não, ter em carteira de Longo Prazo, empresas controladas pelo governo.
Sigamos.
Como todos já sabem o Ministro da Fazenda Guido Mantega, por ordens do seu chefe demitiu o Presidente do Banco do Brasil.
O nome do demitido não nos importa, nem de quem vai substitui-lo.
Apenas uso esse caso para que possamos refletir, debater aqui nos comentários.
Sequer ousarei a tirar conclusões, quero discutir, apresentar pontos e escutar vocês.
É assunto polêmico, e vocês sabem que odeio polêmica.(hehehe)
É preciso, embora reconheça ser dificílimo, tirar a ideologia da discussão.
Esqueçamos o PT, o PSDB, e miremos no futuro.
Minha carteira de Longo Prazo é baseada em Petrobras.
Cerca de 70% dela.
O restante está em VALE5 e em USIM5(blue chip com PL de 3, compro todas).
Existem duas correntes sobre ter ou não papéis de estatais em carteira.
A primeira diz que essas empresas nunca faliriam, sempre seriam ajudadas pelo seu controlador , a viúva com seu saco sem fundo.
Sendo eventualmente privatizadas , os acionistas colheriam os benefícios.
Existe uma curiosidade contraditória no debate.
Quem não compra papel de estatal não o faz por medo da interferência do governo da ocasião.
Quem compra o faz justamente por isso.
Oque para uns é um pavor, para outros é motivo de investir.
Essa segunda corrente tem horror de atitudes como a tomada hoje pelo governo brasileiro.
Pegam um banco hoje competitivo e por razões políticas, eleitoreiras ,demitem um dirigente que aparentemente fazia uma boa gestão.
Lembro que durante o Governo FHC o Banco do Brasil quebrou e só sobreviveu por causa de um forte aporte de dinheiro do governo federal.
PARENTÊSES ESQUIZOFRÊNICO :CONVERSANDO COMIGO MESMO
Ray disse: Ray,você disse para tirar ideologia da questão e agora escreve que foi uma atitude eleitoreira?
Ray responde: sim Ray. Esse negócio de demitir o presidente do BB porque ele não quis diminuir o spread dos juros cobrados pelo banco é populismo puro visando ajudar a candidatura da Dilma.
Ray disse: Você não resiste ,né? Podemos voltar ao post?
Ray responde:Sim, podemos. Esim não resisto quando posso dar umas cacetadas no Lulllla.
Um abraço pra ti.
Ray disse: Outro e até a próxima.
Essas pessoas que não investem em empresas estatais tem seus motivos.
Quem, como eu, tem mais de 35 anos, sabe como governos podem dilapidar o patrimônio de empresas públicas para atender seus interesses de momento .
Um dos argumentos de quem discorda disso é:
O Citigroup, a General Motors, a Sadia, a Aracruz são empresas privadas e foram a bancarrota por decisões equivocadas de executivos profissionais.
Eu conheço gente que só tem na carteira papéis de estatais.
Eu conheço uma carteira de 30 milhões de reais que é composta por PETR4, BBAS3 e ELET3.
E conheço gente que mesmo que a Petrobras divulgue a descoberta de petróleo capaz de suprir a demanda pelos próximos 5000 anos, que não põe um centavo na empresa.
E aí.
Qual a sua opinião.
Responda aí em baixo, que trago os comentários para o post.
Bom debate , participe !

6 comentários:

Hieronymus disse...

E brevemente será Banco do Chavez, se o partido do olheira aceitar o amigão dele de vice: www.documentoreservado.com.br (08/04/2008)

Giovani disse...

Ray, o risco político sempre existe. Eu vejo assim: se a empresa estiver bem, o político fica tentado a drenar caixa para fins eleitoreiros. Se ela estiver mal, fica obrigado a ajudar para não quebrar. Mas no segundo caso, vc gostaria de investir em empresa que está mal? Eu não. Pegue o exemplo da Copel. Esses dias, o governador decidiu que as tarifas não seriam reajustadas pelo IGPM, como usual, para reduzir o custo das industrias da região frente à crise global. E o acionista da Copel? Ficou a ver navios. Nesse dia as ações da empresa caíram uns 10%. Oras se o governador queria fazer caridade, poderia baixar o ICMS da região, que daria na mesma. Assim tiraria apenas do bolso do estado, e não do acionista minoritário da Copel. Mas a lógica política não funciona assim. Eu particularmente exijo um desconto de risco político num papel frente aos pares para comprá-lo, quando é empresa pública (e já achei papeis nessa situaçao no passado, chegando a ter 100% da carteira em empresas cujo majoritário é o estado). O negócio é que a função social do estado não é dar lucro. A das empresas, é dar lucro. Mas quando o estado vira majoritário, aí as empresas passam a ter função social mista. E os acionistas delas têm que conviver com isso. Eu pessoalmente topo esse acordo desde que o preço pra virar sócio seja beemm atraente. Senão tô fora.

COX disse...

Concordo com Giovani, a função social da empresa é um dos preceitos das sociedades de economia mista. O que mais me intriga não é a exoneração do Presidente, mas sim o fato do Banco do Brasil ser uma companhia do Novo Mercado, uma das mais líquidas deste,e ter uma política de transparência tão sórdida. O Novo mercado, inspirado no neuer market alemão, está passando por debates para uma possível reforma, e eu gostaria de saber como lidarão com uma situação tão pertinente e pitoresca como esta do Banco do Brasil. O governo exonerou o Presidente pelo simples motivo da queda de braço: abaixo os juros e perco lucro ou abaixo os juros e faço a alegria do povo. O Presidente Lula venceu a guerra, mas a Companhia anunciou que o Presidente se exonerou pelo cansaço e stress que a Presidência do Banco estaria causando, menos de 5 horas depois o Lula já foi botou abaixo os juros e falando bobagem na televisão, como de costume. No caso, é evidente que a verdade da exoneração é a queda dos juros, mas o anúncio da Companhia é que o ex Presidente saiu por motivos pessoais, em casos mais obscuros e mais sórdidos em quem deveremos acreditar?
Lembrando que esta é uma empresa no mais alto nível de governança corporativa da Bovespa.

Fabrício (Cabra) disse...

Bolsa no longo prazo é daqueles mitos de tantas vezes repetidos tornam-se verdade. NIKKEI tá aí para desmontar tudo o que apregoam por aí a respeito do buy and hold. Ou o sujeito é artista para tirar o dele no espaço dos ciclos ou financiará sempre a fundo perdido o cassinão. Aí não interessa se as fichas vermelhas estão BBAS3 , as azuis em PETR4, as verdes em ARCZ6. O cassinão sempre agradecerá.Abraço.

Anônimo disse...

A empresa de economia mista tem função social. Seus posts como os q defendem venda da Vale etc só olham a otica do acionsita. Olho a otica do país. Enquanto for bom pra ambos tudo bem mas se for só para q sej para o país. Isso n é eleitoreiro. Todo mundo sabe q a economia precisa de juros menores. Ele está querendo estimular e o BB tem q ser o primeiro, juntamente com a caixa. Qto ao caso copel que frase é essa? tiraria só do bolso do estado? O estado somos nós. tirar dele é tirar da populaçào. A atividade economica é concedida às empresas pelo estado para ganahr dinheiro da sociedade. E ele regula. Isso quer dizer q ele pode deidir por maior ajsute ou não. Não concorda? A regra sempre foi essa. Etnão pq alguém compra? Pq ficaram bilinários com ela. É ótimo negócio mesmo com a intervenção do Estado. E é pra ser asism. N gostou? n compra açào. Não gostou? n compra a empresa. Pq será q continuam comprando?

roberto villela disse...

adorei a parte de reflexao entre ego..super ego e ID do autor..........nao curto politica mas falaram tao bonito que estou sem palavras......discordo de quem nao concordou e concordo com quem concordou em concordar com o Ray......