POR João Pereira Coutinho.
"Israel está novamente em guerra com os terroristas do Hamas, e não existe comediante na face da Terra que não tenha opinião a respeito. Engraçado. Faz lembrar a última vez que estive em Israel e ouvi, quase sem acreditar, um colega meu, acadêmico, que em pleno Ministério da Defesa, em Jerusalém, começou a "ensinar" os analistas do sítio sobre a melhor forma de acabarem com o conflito. Israel luta há 60 anos por reconhecimento e paz.Mas ele, professor em Coimbra, acreditava que tinha a chave do problema. Recordo a cara dos israelenses quando ele começou o seu delírio. Uma mistura de incredulidade e compaixão.
Não vou gastar o meu latim a tentar convencer os leitores desta Folha sobre quem tem, ou não tem, razão na guerra em curso. Prefiro contar uma história.
Imaginem os leitores que, em 1967, o Brasil era atacado por três potências da América Latina. As potências desejavam destruir o país e aniquilar cada um dos brasileiros. O Brasil venceria essa guerra e, por motivos de segurança, ocupava, digamos, o Uruguai, um dos agressores derrotados.
Os anos passavam. A situação no ocupado Uruguai era intolerável: a presença brasileira no país recebia a condenação da esmagadora maioria do mundo e, além disso, a ocupação brasileira fizera despertar um grupo terrorista uruguaio que atacava indiscriminadamente civis brasileiros no Rio de Janeiro ou em São Paulo.
Perante esse cenário, o Brasil chegaria à conclusão de que só existiria verdadeira paz quando os uruguaios tivessem o seu Estado, o que implicava a retirada das tropas e dos colonos brasileiros da região. Dito e feito: em 2005, o Brasil se retira do Uruguai convencido de que essa concessão é o primeiro passo para a existência de dois Estados soberanos: o Brasil e o Uruguai.
Acontece que os uruguaios não pensam da mesma forma e, chamados às urnas, eles resolvem eleger um grupo terrorista ainda mais radical do que o anterior. Um grupo terrorista que não tem como objetivo a existência de dois Estados, mas a existência de um único Estado pela eliminação total do Brasil e do seu povo.
É assim que, nos três anos seguintes à retirada, os terroristas uruguaios lançam mais de 6.000 foguetes contra o Sul do Brasil, atingindo as povoações fronteiriças e matando indiscriminadamente civis brasileiros. A morte dos brasileiros não provoca nenhuma comoção internacional.
Subitamente, surge um período de trégua, mediado por um país da América Latina interessado em promover a paz e regressar ao paradigma dos "dois Estados". O Brasil respeita a trégua de seis meses; mas o grupo terrorista uruguaio decide quebrá-la, lançando 300 mísseis, matando civis brasileiros e aterrorizando as populações do Sul.Pergunta: o que faz o presidente do Brasil?
Esqueçam o presidente real, que pelos vistos jamais defenderia o seu povo da agressão.
Na minha história imaginária, o presidente brasileiro entenderia que era seu dever proteger os brasileiros e começaria a bombardear as posições dos terroristas uruguaios. Os bombardeios, ao contrário dos foguetes lançados pelos terroristas, não se fazem contra alvos civis -mas contra alvos terroristas. Infelizmente, os terroristas têm por hábito usar as populações civis do Uruguai como escudos humanos, o que provoca baixas civis.
Perante a resposta do Brasil, o mundo inteiro, com a exceção dos Estados Unidos, condena veementemente o Brasil e exige o fim dos ataques ao Uruguai.
Sem sucesso. O Brasil, apostado em neutralizar a estrutura terrorista uruguaia, não atende aos apelos da comunidade internacional por entender que é a sua sobrevivência que está em causa. E invade o Uruguai de forma a terminar, de um vez por todas, com a agressão de que é vítima desde que retirou voluntariamente da região em 2005.
Além disso, o Brasil também sabe que os terroristas uruguaios não estão sós; eles são treinados e financiados por uma grande potência da América Latina (a Argentina, por exemplo). A Argentina, liderada por um genocida, deseja ter capacidade nuclear para "riscar o Brasil do mapa".
Fim da história? Quase, leitores, quase. Agora, por favor, mudem os nomes. Onde está "Brasil", leiam "Israel". Onde está "Uruguai", leiam "Gaza". Onde está "Argentina", leiam "Irã". Onde está "América Latina", leiam "Oriente Médio". E tirem as suas conclusões.
A ignorância tem cura.
A estupidez é que não."
17 comentários:
Tudo ou Nada é nosso.
Depende do ponto de vista.
Fato 1: Nascemos pelados
Fato 2: Morremos da mesma forma.
O ser humano foi uma experiência que não deu certo.
Mais a frente quem sabe tu e outros concordem..., ou nao.
Uma pequena estória de de Sir Arthur Clarke:
http://www.carloscardoso.com/2005/11/14/a-estrela-arthur-clarke/
Depois que o leres voltamos a conversar.
Forte abraço de seu amigo PG.
Esse é mais um estúpido que como ele mesmo disse não tem cura. A história não começou em 1967. A não ser para defender os interesses do ponto de vista dele.
Coutinho, seu nome não me engana. Toma vergonha nessa cara feia!
Então vamos fazer mais suposições... vamos supor que a Onu diga que a partir de 07 de janeiro de 2009 o estado de Santa Catarina Pertence aos Mormons e ai?? o que dizer? foi exatamente o que aconteceu lá!
Ray, certamente vc nao viu no Fantastico duas entrevistas feitas a uma brasileira, morando na faiza de Gaza e a um bras morando em Israel.
Ela disse, que não volta para o Brasil pois quer morrer como membro da Fatat: estava com uma roupa perfeitamente dentro das normas, corpo todo tampado, falou textualmente que quer ser "martir" pois "lá" a vida é muito melhor.
Veja o que o fanatismo religioso faz. Condiciona de forma radical seres humanos e os transformam em seres produtivos ....em homens/mulheres bombas, em nome do Alá, para matar os "infieis".
Admiriro os palestinos que moram no Brasil não mostram essa arrogância aquí contra os judeus, na triplice fronteira ou na rua 25 de março: o dinheiro vale mais que o Alá.....
Pensando melhor, Ray.
Será que são as religiões que fazem o mundo assim: egoísta, soberbo, corrupto, violento, criminoso, indiferente, estúpido, mesquinho, etc etc etc?
Talvez, pensar assim seja simplista demais.
E se as pessoas religiosas seguissem o mandamento do amor - que condensa todos os demais ???
Ai...muito complicado, isso.
A comparação com o Brasil é bem idiota e o texto é tendencioso.
Quem rompeu o cessar fogo foi Israel: dia 4 de novembro (6 mortes) e 17 de novembro (4 mortes) visando os túneis que ligam o Egito com Gaza ... Só depois do cessar fogo quebrado o Hamas voltou a disparar mísseis em direção a Israel.
Pesquisem antes de falar merda. O resto do texto não vale a pena discutir.
Vale a pena estudar mais ... esse assunto é muito importante para ser tocado com tanta estupidez.
Israel e Palestina são de culturas (muito) diferentes, e foram "obrigadas" a viverem juntas. Culturas diferentes, cada uma lutando por sua liberdade, que lhes é de direito. Alguém pode dizer que uma cultura está "errada" e outra "certa"?
O Blog é de investimento mesmo?
Este texto só pode ter sido escrito por um porco sionista. apenas os leigos e hipocritas acreditariam numa mentira dessas, que é o que sempre fazem!! (mentir)
como brasileiro me sinto enojado e ofendido por este Sr. querer citar o Brasil em sua alusao a (i)srael.
Suas (estórias) que contam a respeito do estado de israel, são semelhantes as que são espalhadas pelos EUA, onde diz que a Amazônia é um territorio INTERNACIONAL. nao pertencendo ao Brasil. a fim de que iso possa ser contestado pelas gerações futuras.
Bom, considerando que as aterrorizadas crianças palestinas que sobreviverem a mais esse conflito serão os "homens-bombas" de amanhã, só vejo uma alternativa para Israel: mandar todos os palestinos para as camaras de gás!
Como pode o homem ser tão estúpido ao achar que a paz possa ser conseguida através da guerra?
Os palestinos tem um País?
O que eles produzem?
Comercializam com quem?
Os palestinos são livres para ir e vir?
Então, o que eles tem a perder senão a mísera existência carnal?
Texto tendencioso...Ray tira isso de seu blog, pra que essa propaganda gratuita e feita com meias verdades? As pessoas não são mais tão ingênuas sobre esse assunto.
Sinceramente, esperava tudo nesse Blog, menos essa estupidez escrita por um Judeu subjulgando a inteligência dos leitores.Por gentileza, sr. Ray...limpe essa sujeira.
Discussão entre Tayyip Erdogan premiê da Turquia e Shimon Peres presidente de Israel....
Engraçado ler sobre isso, Shimon Peres conhecido por ser calado sempre evitando discussões rebateu o logo discurso de acusações de Tayyip Erdogan no Fórum Econômico Mundial onde criticava os ataques de Israel, Peres rebateu dizendo se a Turquia fosse atacada durante 8 anos seguidos, se ele iria ficar quieto vendo seu pais sofrendo.
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