Estava conversando esse final de semana com um amigo.
Ele saiu com uma ótima tirada,ainda não explorada pela grande mídia sobre a crise na economia americana.
Os esquerdistas piradões ficam pregando por aí essa besteira sobre o fim do capitalismo,etc.
Um monte de asneira,como sempre.
Mas tem um capitalismo que quebrou,sim.
O socialismo.
O socialismo americano.Ou seja, oque quebrou não foi uma forma de capitalismo,foi um tipo de socialismo.
Não está entendendo nada?
Explico.
Qual o princípio básico do sistema capitalista?
O direito a propriedade.
Esse direito,óbviamente existe na América,porém a maioria da população não possui nada.
Exclua a imensa maioria dos americanos que tem menos de 1 milhão de dólares.
Não sei qual o percentual exato.
Sei que entre os 280 milhões de americanos os milhionários são apenas uma minoria.
A massa possui, mas não tem.
Usa ,mas não possui.
A classe média passa a vida inteira devendo.
Hipotécas de 30 anos.
Carros financiados em 5 anos.
Cartões de crédito, cada família tem dezenas e usam um para pagar o outro, e assim vai.
Eles usufruem,vivem bem,mas muitos simplesmente não conseguem o DIREITO FINAL A PROPRIEDADE.
O cidadão, passa a vida pagando prestações de sua casa, e muitas vezes morre sem conseguir quita-la integralmente.
Um sistema onde a massa não consegue ter direito a propriedade,estamos aqui falando de imóveis,chama-se SOCIALISMO.
Forcei?
Forcei sim.
É uma provocação.
Sigamos.
É fato que esse sistema de crédito é oque sustenta a riqueza americana.
Mas será que esse tipo de capitalismo,ooops,socialismo,não terá se mostrado esgotado?
Um capitalismo sem poupança.
Onde se vive para dever.
Onde se deve para continuar vivendo.
O nome disso no mundo dos negócios é BICICLETA.
Os Estados Unidos como país,com seus déficits monstros,e seu povo totalmente endividado,estão vivendo há décadas numa bicicleta.
TODA BICICLETA UM DIA CAI.
Não tem jeito.
Bicicleta alguma fica em pé pra sempre.
Os Estados Unidos se fossem avaliados como uma empresa seriam considerados uma empresa em situação de pré falência , só não tendo quebrado ainda, porque existe muita gente, que continua a emprestar dinheiro a eles por taxas bastante baratas.
Aí entra a grande contradição do socialismo americano.
Justamente no momento em que a economia mostra sinais de fraquesa, e a aversão ao risco torna- se insuportável, paralisanso investimentos mundo afora, o capital corre para seu porto seguro.
Qual?
Os títulos do tesouro americano.
E assim a América vai andando de bicicleta, numa espiral sem fim.
Talvez a grande virtude da economia americana ,o consumo desenfreado,tenha se mostrado , um defeito.
A solução no longo,longuissimo prazo está na mescla do consumo com POUPANÇA, algo que americano não faz a menor idéia do que se trate.
Sem poupança seguirá o socialismo americano, e a bicicleta se não cair agora, cairá nos próximos anos.
3 comentários:
é Ray, isso é a ilusão que muitos vivem, pensam que tem alguma coisa mas na realidade não possuem nada.
E o mesmo tem acontecido aqui, varias pessoas se gloriam dizendo dos benefícios do governo, que a classe media esta vivendo melhor.
Isso é pura enganação a única coisa de diferente é o credito fácil que a pessoa se sentir um pouco mais “rica”, quando não tiverem como rolar suas dividas quero ver se vão ter a mesma alegria em elogiar o governo.
Acho já ate escrevi isso aqui, desculpe a insistência.
Abraços a todos
Há um livro chamado - Colapso -, de Jared Diamond. O livro é sobre meio ambiente, não tem nada relacionado com mercados financeiros. São vários capítulos que tratam de desastres ambientais.
Tem uma parte que achei bem interessante. Todo mundo em Montana reclamava de pequenos incidëncios que ocorriam nas florestas de lá. Esses incidënos ameaçacam indiretamente as pessoas e desvalorizavam algumas frações das propriedades. Para que eles não continuassem, os moradores exigiram cada vez mais intervenção estatal para combatë-los. Foram criadas inúmeras brigadas de bombeiros. Logo, cada novo pequeno foco de fogo era prontamente combatido.
Ocorre é que ninguém percebeu que esses pequenos incëndios tinham uma função. Eles queimavam a vegetação menor e mais facilmente inflamável. Logo, como sempre tinha um pouco de fogo, a quantidade de material combustível na floresta nunca era em excesso. Ou seja, queimava, mas a floresta como um todo e as árvores maiores, em especial, eram poupadas.
Só que as brigadas de incidëncio tiveram pleno sucesso em acabar com os pequenos focos. Logo, o material combustível na floresta foi acumulando, acumulando, acumulando.....
Até que um dia, qualquer pequeno motivo fez com que surgisse um foco de incëndio. Só que agora a floresta tinha toneladas de material inflamável. A consequëncia foi um incëndio destruidor, que não havia a menor condição de ser controlado. Queimou tudo, não sobrou nada, posto que as chamas não podiam ser controladas.
É uma boa analogia com a situação atual?
A grande questão do livro, é que os eleitores exigiam que as autoridades solucionassem o problema. Ou seja, nehum político seria eleito se chegasse e falasse a verdade - olha, vou deixar queimar, nem que acabe com sua casa - porque isso vai ser bom pra floresta como um todo. Falta de maturidade do político? Creio que não é só isso
Ninguém sabia quer era melhor deixar queimar
As pessoas poderiam preferir acreditar que deixar queimar era um erro científico
Quem tinha casa num trecho da floresta, não estava preocupado com ela inteira, mas em manter sua única casa protegida.
Políticos, numa democracia, fazem o que as pessoas querem, não necessariamente o que é melhor pra coletividade
Daí formou-se o caldo sociológico que permitiu que um desastre ambiental fosse criado (além das causas naturais, é claro).
O problema é transpor isso pros mercados. Vamos usar a palavra mais desgraçada de todas as línguas, o !se!
Se no primeiro banco quebrado os EUA tivessem vindo a público e falassem - bem feito, se fuderam, acharam que iam viver de renda pra sempre é? Agora se virem - Seria ruim? Sim, seria péssimo. Perda da confiança, perda de dinheiro e, pro plítico que falasse isso, perda de votos rs.
O contrário de mandar o quebrado se fuder foi a opção de salvar uma seguradora aqui, um banco ali, 750 bi pra isso, 186 bi praquilo... E no final pode até dar certo. E, nesse caso, todos viveram felizes para sempre.
Mas, por outro lado, pode ser que os governos apenas estejam injentando material combustível na floresta. O governo garante os depósitos dos bancos? Sim? Legal, com que dinheiro????? Isso aconteceu com a Isländia, não tinha lastro que amparasse o sistema bancário, mesmo que o Estado quisesse. Graças a Odin, Thor e todos os deuses nórdicos, parece que eles vão ter um empréstimo russo.
Mas, e se acontece isso em vários países. Da onde vem o dinheiro que permite ao Estado garantir o sistema bancário?
Enfim, acho que quando os BCs mundiais decidiram ajudar todas essas instituições, parece que eles dobraram as apostas de que tudo vai dar certo. Pode resolver, mas se der errado a M será maior.
Enfim, é o que eu acho.
Ray, esse texto pode ser compreendido melhor se a gente pegar aquela explicação que você postou tempos atrás aqui no blog...
era uma bolha da internet, que virou bolha imobiliária que agora está virando uma bolha do financiamento público...
Numa boa, esses conceitos que você tem de capitalismo e socialismo são muito pouco aprofundados. Coisa de Revista Veja. Admiro seu blog, o leio sempre, mas esse post tá muito ruim. Parte de conceitos muito vulgares de modos de produção muito complexos.
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